Ela me dá aquele olhar mortal.
— Agradeço o café. Mas eu e Catarina estamos de saída. — As palavras rosnadas me fazem estremecer.
— Eu não vou a lugar nenhum com você. — Digo firme.
Sheila me olha, com seus olhos quase saltando do seu rosto. Ela está muito puta comigo.
— Não se preocupe Passarinho, eu lhe trarei de volta inteira. E sua tia já concordou. Prometo que lhe trago antes das 11h
— Já são dez e meia. — Olho o relógio na parede.
— Prometo não demorar. — Ele olha para Sheila, como se estivesse pedindo permissão. Embora eu soubesse com certeza, que esse homem não era do tipo que pedi permissão. Ele tomava. Ele roubava. Ele invadia.
— Não se preocupe pombinhos. Não contarei nada a ninguém.
Ela bate palma animada enquanto eu me levanto para ir até onde ele desejava que eu fosse com ele.
Eu só não imaginava que ali, eu estaria selando meu destino.
*
Eu entro no seu carro, me sentindo totalmente desconfortável. O cheiro de couro do seu carro, misturado com seu cheir