Logo após o julgamento, Eduardo me interceptou.
Com um olhar sincero, quase implorando, disse:
— Pelos velhos tempos, por eu ter salvado sua vida, me dá uma chance de recomeçar.
Luísa apareceu ao lado dele, logo emendando:
— Selene, se não fosse o Eduardo encontrar as provas da mãe dele transferindo bens, a segunda audiência nem teria sido marcada. E você não teria recebido nada.
— Eduardo não consegue viver sem você, perdoa a gente, vai. Eu realmente não consigo deixar o Eduardo pra trás. Se for preciso, a gente divide ele. Podemos ser as duas esposas dele, juntas.
Olhei para Eduardo. Ele não disse nada.
Silêncio já era um "sim".
Fiz um gesto sutil, conduzindo os dois para uma área mais escura do fórum.
Eles vieram animados, achando que tinham me convencido.
Me seguiram sem hesitar.
Quando chegamos a um canto deserto, olhei ao redor.
Ninguém por perto.
Ergui a pasta e, com um estalo seco, acertei o rosto de Luísa.
O som ecoou. Um vermelho vivo surgiu na bochecha dela.
Ela ficou parali