Eduardo recebeu a intimação judicial.
Logo depois, me mandou uma mensagem, acusando:
— O que você tá aprontando agora?
Não respondi.
Dias depois, começou a me importunar sem parar, quase em desespero, exigindo que eu continuasse cuidando dos projetos da empresa.
Respondi apenas:
— Eu pedi demissão.
Bloqueei todos os contatos dele.
Uma colega próxima me ligou, chorando:
— Selene, volta, por favor. O Sr. Eduardo tá maluco tentando te achar. Disse que, se ninguém conseguir localizar você, vai descontar o salário de todo mundo este mês.
Revirei os olhos.
— Então venham vocês pra cá.
Olhei ao redor da pousada da minha família. — Aqui tem comida, cama e eu mesma pago os salários.
Depois de sete anos na família Monteiro, também construí minha própria rede de contatos e capital.
Permitir que meus conflitos com Eduardo afetassem os funcionários era culpa minha. E eu tinha a obrigação de proteger eles.
Minha colega ficou em silêncio.
Desligou sem dizer mais nada.
Quinze dias depois, Eduardo fina