Anashia
—Anashia, que surpresa — sussurrou uma voz familiar atrás de mim. Eu me virei e olhei para ele nervosa, mas sem demonstrar. Matías estava sorrindo ao me ver. Sem prestar atenção, entrei na livraria, esperando encontrar um pouco de paz entre as prateleiras. Mas ao virar uma esquina, me deparei com ele novamente, cara a cara. Eu não podia acreditar, ele estava me seguindo. Eu o ignorei, mas aparentemente ele não se importou, pois desta vez ele me olhou com um sorriso irônico e disse:
—Quanto tempo, que bom ver você. Você parece outra pessoa.
Levantei as sobrancelhas, nervosa, e tentando manter a calma, respondi:
— Ora, e você, o que te importa como estou? Afinal, você é uma pessoa que eu nunca quis ver de novo — acrescentou ele, irritado.
—É por isso que você está nesta região, longe da cidade. Mas o mundo é tão pequeno e redondo que, onde quer que você vá, sempre encontra pessoas do passado, não acha? Anashia.
— Enfim, boa tarde. O que você quer? — perguntei, soltando um bufo.