POV ENRICA
Meus dedos se fecharam discretamente sobre a rosa enquanto o silêncio se estendia entre nós. As palavras de Caleb ainda ecoavam, impregnadas na minha pele como uma marca que eu não sabia se queria apagar.
“Eu destruiria o mundo por você.”
Foi como se um peso antigo voltasse a pressionar meu peito. Porque eu sabia o que o mundo fazia quando se movia por minha causa. Quantos já tinham sangrado. Quantos enlouqueceram. Aquilo não era romântico, não era poético. Era um lembrete. Do que eu era. Do que o meu cheiro podia provocar.
Engoli seco. A garganta arranhava.
Caleb pareceu notar. O brilho intenso dos olhos dele suavizou, e a linha da mandíbula se desfez um pouco da tensão.
— Enrica — ele disse, a voz mais calma. — Me desculpe. Eu não quis assustar você. Não foi por impulso. Nem por instinto. Eu só…
Ele passou a mão pelos cabelos e respirou fundo.
— Eu sei o que suas experiências te ensinaram. E não quero ser mais um que usa a força ou o instinto como justificativa. Quando di