Clínica clandestina, 04:27 da manhã.
Capítulo 133 — Clínica clandestina, 04:27 da manhã.
Narrador:
O ar cheirava a desinfetante barato e morte rançosa. Ouviu-se um rangido quando Leonardo empurrou com força a porta da sala de cirurgia improvisada. Eros estava inconsciente, com o rosto encharcado de suor, os lábios quase roxos e um ferimento aberto e sangrando no lado esquerdo. O médico, um homem de cerca de cinquenta anos, com jaleco branco e rosto desfigurado, correu ao seu encontro.
— Tragam a maleta! Agora! — gritou para as enfermeiras enquanto colocava a mão sob a camiseta de Eros para avaliar o dano — Ele está sangrando muito! Se eu não estancar agora, ele vai nos deixar!
Leonardo se afastou com o coração apertado. Não conseguia falar, não conseguia se mover. Só conseguia olhar. O sangue manchava a maca como se alguém tivesse derramado um balde inteiro. Cinco minutos depois, a porta dos fundos se abriu com um estrondo. Dominic entrou como um furacão, com os olhos vermelhos e a arma ainda na mão.
— Onde ele está? — r