Capítulo 154 —A Chefe
Narrador:
O diabo atravessava a sala com o telefone na mão, verificando uma mensagem urgente, quando ouviu uma voz fraca, mas segura:
—Olá, papai.
Ele ergueu os olhos e lá estava Sofia, em pé ao lado da poltrona, com aquele brilho nos olhos que sempre o fazia parar imediatamente. Sua expressão severa suavizou-se instantaneamente.
—Olá, princesa —respondeu ele e, sem pensar, pegou-a nos braços como se ela ainda fosse uma criança pequena. Sofia riu, envolvendo-lhe o pescoço com os braços.
—Não me chame assim —protestou ela, embora se aconchegasse contra ele—. Isso é para meninas bobas.
O diabo arqueou uma sobrancelha, divertido.
—Ah, é? E como devo chamá-la, então?
Sofia olhou para ele com aquela malícia que parecia ter herdado dele.
—Chefe.
Ele soltou uma gargalhada profunda.
—Chefe... gosto disso. Então, a chefe me autoriza a dar um beijo como o seu pai?
—Sim —respondeu ela, fingindo magnanimidade —Um, mas rápido, porque tenho coisas para fazer.
O diabo deu-lhe um