Capítulo 147 — Lápis vermelhos
Narrador:
O Diabo caminhava pelo corredor do hospital com o pulso acelerado, passos firmes e o olhar inflamado por uma fúria fria. Ele não precisava ver os registros. Não precisava que ninguém confirmasse nada. Ele já sabia. Sentia isso no corpo, como se o mundo tivesse tremido no exato momento em que um estranho cruzou a porta do quarto; era guerra, o que ele ainda não tinha claro era contra quem. Tirou o telefone do bolso e discou. Ela atendeu ao primeiro toque.
—Olá, meu amor.
Sua voz era suave, calorosa, um refúgio imediato. E ele fechou os olhos por um instante, apenas, como se ao ouvi-la pudesse acalmar o tremor que percorria seu sangue.
—Olá, minha rainha
—O que está acontecendo, diabo? Você parece preocupado —ela já conhecia até mesmo o mais íntimo de seus decibéis ao falar.
—Houve uma fuga de informação. —O seu tom era baixo, mas letal. —Entraram no quarto do Eros.
Um segundo de silêncio. Nada mais. Apenas um segundo. Porque a Aylin não era do ti