10
Respirei fundo, tentando processar tudo. A proposta de Jonathan ainda ecoava na minha cabeça como uma bomba prestes a detonar, mas o olhar de Elói — tão vulnerável e sincero — me mantinha ancorada à verdade que eu não queria mais negar: eu sentia algo por ele. Algo forte. Mas isso não significava que eu abriria mão de mim.
— Eu não sou moeda de troca, Elói. E não serei escada pra vaidade de nenhum dos dois. Nem sua… nem dele.
— Eu sei. — Ele disse, se aproximando mais. — Mas essa decisão tem que ser só sua. Sem culpa. Sem amarras.
Fechei os olhos por um instante. E, enfim, falei:
— Vou à reunião hoje. Sozinha. Quero ouvir o que o grupo coreano tem a dizer. Quero entender o que Jonathan está tentando costurar. E depois… eu decido.
Ele assentiu, com um gesto quase militar. Mas antes que eu saísse do quarto, segurou minha mão.
— Só me promete uma coisa.
— Qual?
— Que, se tudo desmoronar… você vai continuar sendo exatamente quem é.
Olhei para ele por um longo