AIDEN WOLFE
Acordei sentindo uma presença familiar ao meu lado. Ela estava ali de novo. Desde que voltamos daquela viagem, tem sido assim: noites compartilhadas, silêncios confortáveis, sua respiração suave perto de mim. Parte de mim acredita que isso tudo não é real. Que é um sonho prestes a desmoronar.
Talvez por isso eu não a deixe sozinha. Porque se ela sumir... se esse sonho acabar... eu não sei se aguento outra queda.
Senti sua mão tocar minha testa. Estava gelada. Fria demais.
— Não vá. — murmurei, a voz rouca, arrastada.
Ela não respondeu de imediato, apenas passou os dedos pela minha pele febril. Eu sei que não estou bem. Mas queria vê-la sorrir. Queria amá-la, mesmo assim. Mesmo à custa da minha saúde.
Porque ela merece. E eu... bem, eu a amo. Tanto que chega a doer.
— Aiden, você está queimando. Deixa eu te chamar um médico.
— Eu só preciso de você, pequena. — murmurei, puxando-a para perto, com a pouca força que me restava.
— Você está doente. — ela insistiu, a voz estava