DANTE KINGSTON
Bati à porta dela. Fazia tempo que eu planejava essa viagem. Mas nunca pensei que seria dessa forma. Ela abriu a porta, olhando para mim com carinho.
— Mãe, posso ficar um pouco com você?
Ela apenas me abraçou.
— Ah, Dante, sinto muito. — sussurrou.
— Está tudo bem, mãe. Estou bem, só...
Ela me abraçou com mais força.
— Pode chorar. Eu sou sua mãe, não há nada que você deva esconder de mim.
Ela me segurou em seus braços, acariciando meus cabelos. Eu finalmente desabei.
— Sou amaldiçoado, mãe? — perguntei.
— Não, não, você não é. Você é meu querido menino. A pessoa mais doce sempre chora mais. Mas isso é porque ela prevalece em todas as circunstâncias que possam surgir em seu caminho.
— Não consigo evitar sentir raiva, mãe. Por que ela teve que fazer isso? Depois de eu ter aberto meu coração, de ter contado meus segredos mais profundos e obscuros, ela me quebrou, quebrou minha confiança, me destruiu de uma forma que eu nunca pensei que seria possível novamente — Senti