Madelaine
É como se ele estivesse feliz em me ver.
— Não faz ideia do quanto te procurei naquele hotel loirinha...
Ouço o homem que me trouxe murmurar um "nossa".
Ele só pode estar de brincadeira.
— Eu não sei do que você está falando? — digo ríspida.
Ele dá uma risada olhando para baixo.
Ele está se achando o máximo né?
— Lúcio pode ir, eu resolvo aqui com a loirinha — ele fala.
— Madelaine, meu nome é Madelaine. E você pode colocar uma camisa?
Ele ri, se aproxima da porteira e pega uma camisa xadrez, veste e começa a fechar os botões.
— Satisfeita? — sua voz é carregada de ironia.
— Não eu não estou nenhum pouco satisfeita. Por que você não deixa o meu pai em paz? Ele não quer vender nada para você! — ergo a voz com dedo em riste.
Ele sorri e eu cerro o punho irritada.
O filho da mãe não está me levando a sério.
— Por que você quer tanto que meu pai venda a fazenda? — pergunto, buscando me concentrar no motivo de estar aqui.
Por que tinha que ser ele? Talvez no fundo