silêncio após as palavras de Olivia era pesado, denso como fumaça num campo de batalha depois da explosão.
Salvatore manteve os olhos nela. Ainda havia preocupação, sim. Mas também respeito. Ela não estava quebrada. Estava se erguendo, mesmo entre destroços.
O general desviou o olhar por um momento, talvez envergonhado por algo raro para ele: culpa.
— Você deveria ter confiado em mim. — Olivia disse, a voz mais baixa agora, mas firme. — Eu não sou mais uma criança que precisa ser protegida com mentiras. Eu tinha o direito de saber.
— Eu sei. — Riccardo respondeu, finalmente. — Mas quando se é pai… às vezes a linha entre proteger e mentir se apaga.
Salvatore cruzou os braços, o maxilar travado. A sensação de impotência queimava nele.
— Ele quase a matou. — disse, com a voz baixa, como uma lembrança amarga que se recusa a ser esquecida. — Voronin poderia tê-la levado. Ou pior. E mesmo assim, tudo isso foi um jogo calculado?
O general o encarou.
— Foi uma guerra. E vocês dois est