Quando tiro o cobertor deixando-me ver sozinho com a camisola, a sua atenção dança sobre mim, tão intensa e penetrando fundo no meu sistema que me arroba. Ignorando sua indiscrição tediosa, procuro na minha mala o que preciso para esta noite. Sabendo do meu estado e pensando em conforto, vou usar saltos baixos, para não correr o risco de cair acidentalmente ou me cansar muito em breve.
No banheiro, longe de sua voz marteladora, vou penteando o cabelo; no ato, sou interrompido pelo telefonema de Mila, não posso ignorá-lo ou um filme será feito.
Como é uma videochamada via Onihatsapp, coloco o telefone na pia e continuo arrumando meu cabelo. Já sua imagem é projetada na tela.
- Olá! Conta-me, cómo como vai tudo?
- Mila-retribuo seu imenso sorriso -. Estou a preparar-me para o jantar que te contei.
- Sim, lembro-me. Que tal a estadia em Roma? - curiosa, sinto como se quisesse sair do telefone e aparecer ao meu lado.
- Tudo bem. - suspiro.
—Não é verdade, estou olhando para aqueles