Daphne
O trânsito daquele lado da cidade era um caos, eu dirigia a menos de vinte quilômetros por hora e as horas não paravam, provando para mim que eu chegaria atrasada e levaria outra bronca de Haiden. Bati no volante com força, completamente frustrada.
Eu não parava de pensar o quanto era ruim ter que trabalhar ao lado de Haiden sabendo tudo o que eu sabia sem poder dizer nada a ninguém. Eu precisava agir naturalmente para que ninguém desconfiasse.
Eu me sentia como uma criminosa escondendo um homicídio.
Quando finalmente estacionei o carro em frente ao prédio, estava uma hora atrasada. Corri até o elevador com minhas mãos tremulas. Ainda era o meu emprego e, embora eu estivesse morando em uma mansão, aquele emprego ainda era tudo o que eu tinha. Eu não podia perdê-lo e depender completamente do Haiden.
Cinco anos, eu pensei, cinco malditos anos vivendo ao lado do homem que eu amava sem poder tocá-lo.
Eu senti o impacto do abraço de Evangelina contra o meu corpo assim que saí