Daphne
Haiden deu um passo adiante. Não era como se ele estivesse preocupado com os ferimentos da Penélope, mas buscando uma maneira de me castigar mais. Eu recuei, agora com o meu corpo tremulo. Estava cansada da sensação de viver na corda bamba, qualquer passo em falso eu poderia cair em um abismo.
— O que aconteceu? – A pergunta foi direcionada a mim, mas um maldito nó me impediu de responder.
— A Daphne arrancou o anel da minha mão e me feriu com ela – agora ela estava chorando enquanto me empurrava para o olho do furacão.
— Anel? – os olhos de Haiden se estreitaram, curiosos e ansiosos pela minha resposta.
— Me desculpe, senhor, por me intrometer – vi Evangelina rompendo a multidão e invadindo o lugar, se colocando à minha frente – mas a Penélope estava mexendo na bolsa da Daphne sem a permissão dela. A Daphne só se defendeu.
Lancei um olhar curioso para Evangelina. Ela estava empenhada em me defender, mesmo eu sendo rude e grosseira com ela nos últimos dias. Me fez lembrar