Daphne.
Havia um enorme sofá no meu escritório. Eu gostava de mantê-lo ali para receber as pessoas, que constantemente vinham para pequenas reuniões. Foi ali que Carl sentou-se e ficou, com o olhar perdido, por longos minutos. Tomei um copo de água enquanto esperava meu corpo se acalmar e meus pensamentos se reorganizarem.
Todos que ouviam minha história, terminavam assim, como se tivesse levado um soco na boca do estômago. Greta reagiu da mesma forma quando soube o que fizeram comigo, com a Simone não havia sido diferente e agora estava Carl agindo da mesma forma, mas com ele havia uma leve pitada de decepção.
— Quando você pretende voltar? – Ele não estava sorrindo para mim agora como sempre costumava fazer, ele estava carrancudo.
— Eu não sei – respondi, sentindo minha voz falhar.
Carl se levantou ligeiramente, passando as mãos sobre as calças. Seria mais fácil apenas negar seu pedido, mas eu tinha que contar toda a verdade para ele, decepcionando-o. Certamente agora ele me