Haiden
Eu senti uma mão me agarrar assim que os meus joelhos se dobraram e eu desabei na frente de Daphne. Eu a enterrei e nunca mais me esqueci da sensação queimando o meu peito. Eu nunca mais fui feliz depois daquele dia, eu nunca mais tive paz ou pude respirar sem me lembrar dela e me senti culpado.
Como era possível que Daphne estivesse viva? Como ela conseguiu ficar cinco anos se fingindo de morta sem que ninguém jamais desconfiasse?
Alguém me levantou e, quando virei o pescoço para olhar, eu vi Claus me agarrando. Esse era o seu grande segredo. Por isso, ele parecia tão feliz essa manhã, tão confiante. Ele ao menos pensou o quanto essa notícia me destruiria?
Eu estava tão abalado que não pude questioná-lo naquele momento.
— Isso não pode ser verdade – a voz de Natalia ecoou fraca, arrastada – você morreu, nós enterramos você.
— Você tem certeza disso? – havia algo diferente na voz de Daphne, algo que não estava lá quando nos conhecemos – a verdade é que alguém aqui mentiu