Daphne
— Nem um tapa você deu nela? – Evangelina me olhou indignada – eu sabia o quanto ela era ruim, mas ao ponto de não se importar com a própria mãe?
Fiquei pensando sobre isso. Pensando o quanto Rosália merecia ser tratada assim. De fato, Ember não estava preocupada com ela e, assim como no enterro do nosso pai, ela não derramaria nenhuma lagrima caso nossa mãe morresse também. Olhei no relógio de pulso, já era tarde e eu não havia comido nada. Minha barriga gemia de fome.
— Pode conseguir alguma coisa para eu comer? – implorei para Evangelina.
Ela se levantou, parecia cansada. Não era justo eu deixá-la aqui passando pelo tédio de um hospital, mas ela se levantou sem reclamar e se preparou para atender mais aquele pedido meu.
Quando Jeffrey apareceu, Evangelina teve um mini ataque cardíaco, eu consegui ver o quanto a presença dele a deixava afetada. Por que ela não me contou estar interessada nele? O brilho nos olhos dela era intenso. Evangelina abaixou a cabeça e, colocando