Daphne
Eu estava pronta para matá-la com o meu olhar glacial, analisando-a. Seus lábios vermelhos se curvando com deboche. Natalia trajava um vestido vulgar curto, o tecido eu não fazia ideia do que era feito, mas era feio, justo e preto que eu já vira. Acho que ela pensou que iria para uma boate, não para um jantar em família.
Posso parecer estar com inveja, mas o veneno escorria pelos lábios daquela mulher. Natalia podia até ser mais bonita do que eu e com uma conta bancária cheia, mas ela não tinha atitudes de uma dama. Ao menos não estava tendo naquele momento.
Talvez Haiden jamais tivesse ouvido Natalia falando assim, eu vi a decepção estampada no rosto dele.
— Já chega, Natalia – ele levantou o tom de voz e ela apagou o sorriso ridículo do rosto – não era para você estar aqui, mas já que está e sabe sobre a Daphne, seria melhor manter o assunto somente entre nós.
— Entendo – ela pegou o guardanapo e o colocou sobre as pernas – eu também teria vergonha em dizer que me casei