Alexandre
Passei um longo tempo sentado no sofá, revendo todas as provas que o detetive Mello havia enviado. A cada nova informação, a tensão no meu peito aumentava. Lucas estava por trás das ameaças, manipulando tudo desde a Itália, mas agora havia outra peça nesse jogo. Alguém próximo, alguém que estava ajudando ele diretamente do Brasil. Meus olhos voltaram para a foto de um homem parado na esquina, perto do restaurante onde eu e Lara havíamos jantado. A imagem estava um pouco borrada, mas dava para ver claramente que ele observava o local com atenção. — Quem é você, desgraçado? — murmurei, cerrando os punhos. Peguei o telefone e disquei o número de Mello. O detetive atendeu no segundo toque. — Imagino que tenha visto as fotos e os relatórios — ele disse, direto ao ponto. — Vi. E quero mais detalhes. Como conseguiu rastrear a mensagem? — O IP veio de um servidor na Itália, o