Davi, ao ouvir as palavras, apertou ligeiramente os olhos e se agachou para pegar o que estava no chão.
Quando viu os documentos, seu corpo se estancou por um momento.
Pouco depois, ele se recompôs, e com muita calma, começou a pegar as coisas, uma a uma, até que tudo estivesse recolhido.
Davi se endireitou e arrumou os documentos na mesa ao lado, os colocando cuidadosamente antes de se sentar na cadeira ao lado da cama, olhando para Lúcia com indiferença.
— Quem te deu esses documentos?
Lúcia, ao ver sua postura calma, sentiu um arrepio na espinha.
— Você... Você realmente quer me matar, Davi! Onde está a sua consciência?
Ela estava tão furiosa que quase quebrou alguma coisa.
Mas, como já havia feito isso na tarde anterior, a enfermeira-chefe, temendo que ela ficasse ainda mais agitada, já havia colocado os objetos fora de seu alcance. Ela não podia quebrar nada e só conseguia socar a cama com raiva, tentando aliviar a frustração.
Davi respondeu:
— Não fique tão agitada. Matar você?