A raiva de Joaquim era incontrolável, ele levantou a mão, pronto para desferir um tapa.
Daniele, desta vez, não estava com medo.
Afinal, as máscaras já tinham caído.
Ela ergueu a cabeça, apontando para o próprio rosto, e disse:
— Pode bater! Bate! É melhor bater com força, deixar uma marca, fazer sair sangue. Eu vou postar na internet e mostrar para todo mundo como o presidente do Grupo Amorim perde a cabeça e agride a própria irmã!
A mão de Joaquim parou no ar.
Ele olhava para sua irmã à sua frente e só via estranheza.
Quando o pai deles faleceu, Daniele ainda era muito pequena, parecia que tinha acabado de aprender a andar.
Naquela época, Nina não dava muita atenção à família, mal parava em casa. Quando a tragédia aconteceu, ela usou o luto como desculpa e passava os dias fora, se afogando na bebida.
A pequena Daniele só podia segui-lo para todos os lados. Mesmo com muitos compromissos escolares, Joaquim sempre teve paciência para cuidar da irmã. Afinal, ela era sua