As questões com Isabelly, os problemas com o avô, o trabalho e também Marcos e Juliana, realmente eram muitas as coisas pressionando Sílvia a ponto de quase colapsar.
Mas agora, ela nem mesmo tinha o direito de enlouquecer.
Completamente sozinha; se caísse, quem estaria lá para ajudá-la a se levantar?
Ninguém.
Absolutamente ninguém.
Ela só tinha a si mesma.
Os dedos finos de Sílvia seguravam o volante enquanto, do outro lado da linha, se ouvia a voz indiferente e fria do homem:
- Sílvia, você não acha que está sendo ridícula?
Seu peito parecia ter sido preenchido com um balde de água do mar, dolorosamente inchado.
No segundo seguinte, a fria transmissão eletrônica trouxe as palavras sem emoção de Marcos novamente:
- Você tem cinco minutos para subir. - Após dizer isso, a ligação terminou completamente, deixando apenas um tom de ocupado.
Sílvia baixou os olhos para a caixa ao seu lado, onde o crucifixo dado por seu avô se encontrava no topo.
Havia também uma etiqueta com a escrita de se