As palavras de Marcos cortavam como um frio glacial. Sílvia o encarava, contendo as emoções que borbulhavam por dentro, antes de dizer:
- A minha companhia não diz respeito a você.
Sua voz se mantinha neutra, sem transparecer grandes emoções.
A expressão de desdém no rosto de Marcos permanecia inalterada, ele soltou um riso sarcástico, sua voz era baixa e gelada:
- Não diz respeito a mim? Sílvia, você veio aqui por causa do seu avô, não é mesmo? - Logo após Marcos falar, Sílvia petrificou.
Ela fixou o olhar em Marcos:
- O que você está insinuando?
O olhar de Marcos era distante, ele, sendo alto, precisava inclinar levemente as sobrancelhas para olhar para Sílvia, conferindo a ela um ar ainda mais inacessível.
Ele prosseguiu, sem inflexão na voz:
- Estou apenas te lembrando que ele só ficará na Cidade J por dois dias.
A referência a ele era evidente.
Gradualmente, Sílvia voltava a si, lembrando que Felipe era o tio de Marcos.
Ela ponderava rapidamente.
Suas lembranças de Felipe eram esc