Tranquila, alheia a todos que desmoronavam ao seu redor. Ela não teria desejado isso. Não teria querido que vivessem assim. Visitando-a todos os dias, sem se curar… deixando o luto lhes roubar a vida. Ela era doação, era cura.
Soluços aumentaram quando o médico desligou o monitor, e sua frequência cardíaca caiu a zero… as máquinas já não a mantinham viva. Ela havia partido.
— Meus sentimentos a todos vocês. — Disse o médico, abaixando a cabeça enquanto dava um passo para trás, permitindo que tivéssemos um último momento para contemplar sua beleza.
Os soluços viraram lamentos.
Mesmo no corredor, se ouvia o choro dos funcionários do hospital, antes que gritos ecoassem do lado de fora. A matilha lamentava. Ela sacrificara sua vida para os manter a salvo, para os proteger da única forma que podia. Pagara o preço máximo por sua segurança.
Observávamos, em silêncio, seu corpo imóvel… nenhum som… somente o silêncio ensurdecedor compartilhado entre nós.
Os minutos se passaram, e mesmo assim eu