Zafir? Engulo em seco.
Com o coração acelerado, abro a porta até onde a corrente de segurança permite. Ele ainda usa as mesmas roupas da escola: calça preta, camiseta preta e botas de cano curto.
— Zafir? Aconteceu alguma coisa?
— Preciso falar com você.
Não consigo evitar uma risada nervosa, pois a frase combina com ele.
— Meus pais não estão em casa, e eles não permitiriam sua entrada.
— Quer fazer o favor de abrir essa porta direito? — Ele diz, impaciente.
Fecho a porta, retiro a corrente de segurança e a abro por completo. Agora estamos frente a frente.
— Bem melhor. Eu não vou entrar. Podemos nos sentar aqui e ter essa conversa. — Ele aponta o banco em frente ao jardim, ao lado da porta.