Vinte oito dias desde seu sumiço...
Olho mais uma vez a janela. A casa dele está escura e a tarde está sendo engolida pela noite. Eu me afasto e vou até o banheiro enquanto derramo grossas e salgadas lágrimas. Meus olhos estão vermelhos e doloridos. Nada me conforta. Nada. Nem as lembranças me confortam, elas apenas me dizem quanto fui idiota.
Já procurei ler os jornais velhos com a data do dia seguinte do seu sumiço, mas não encontrei nada que me desse uma luz a respeito. Inclusive até eu já tinha ido à casa dele, mas tudo permanece trancado, abandonado.
Lavo o rosto e volto para o quarto.
Allah!
As luzes do quarto de Zafir estão acesas. Imediatamente corro para a minha janela com os olhos grudados lá. Uma senhora está com uma vassoura na mão e está varrendo o quarto. Pisco sem entender.
Tudo isso é muito confuso. Mas é a minha oportunidade de tirar isso a limpo.
Tremendo, com fraqueza nas pernas, desço as escadas devagar sem ser notada por meus pais. Eles estão assistindo televisão de costas para mim. Yasmin está