As portas pesadas do refúgio dos híbridos se abriram lentamente, rangendo como se carregassem o peso de séculos. O grupo atravessou a entrada em silêncio, exausto pela fuga, pelas lutas e pelas perdas. O ar do lugar era diferente: impregnado de magia antiga, mas acolhedor, com o cheiro da terra úmida e das árvores que cercavam a fortaleza subterrânea.
Annabelle segurava a respiração. Cada passo parecia levá-la para mais perto de uma lembrança esquecida, de uma esperança que quase perdera. Ao seu lado, Andreas caminhava firme, mas seu olhar duro se suavizava diante da esposa e dos filhos. Os gêmeos, Bernardo e Benjamin, ainda debilitados, seguiam amparados por Nick e Afonso, mas já não pareciam tão frágeis. Havia uma centelha diferente em seus olhos.
Eva, a bruxa, caminhava mais atrás, com Azaleia apoiada em seu braço. A jovem mal conseguia se manter de pé, o corpo frágil marcado por correntes, feridas e semanas de cativeiro. Mas dentro dela havia um fogo que nem mesmo a escuridão de M