Narrado por Elion
O som dos aplausos se misturava com as vozes animadas ao redor, mas, para mim, o mundo havia se reduzido a Alora e o brilho nos olhos dela. Eu não conseguia desviar o olhar — ali estava a mulher que eu escolhi proteger, amar e, mais do que tudo, dividir o peso do meu mundo.
A fita vermelha ainda envolvia nossas mãos, o símbolo pulsante do compromisso que agora era mais do que tradição. Era destino. Alora sorriu para mim, um sorriso tímido, quase desarmado, que ela só mostrava quando era ela mesma, livre do peso das expectativas.
— Nós conseguimos — ela sussurrou, sua voz quase perdida no burburinho.
Apenas apertei sua mão mais forte, sem necessidade de palavras. A verdade era que o momento falava por si mesmo.
— Vamos, a festa nos espera — o conselheiro anunciou, abrindo caminho para que seguíssemos até o grande salão onde a celebração aconteceria.
Caminhamos juntos, mãos ainda entrelaçadas. Os convidados nos olhavam com admiração, respeito, mas também com curiosida