Narrado por Amália
Ele virou as costas e saiu. Então, peguei todas as pastas que havia jogado no chão, juntei-as e voltei para o meu quarto.
Eu iria reler tudo. Talvez eu tivesse deixado passar algo, ou quem sabe até mesmo Elion pudesse ter deixado escapar alguma informação.
Não sei, talvez isso fosse a única coisa em que eu quisesse acreditar.
Assim que entrei em meu quarto luxuoso, fui até a mesa que havia nele e comecei a ler folha por folha. As páginas pareciam tão velhas, desgastadas pelo tempo.
Sem nome de mãe e pai, sem familiares.
Sem sobrenome, sem data de nascimento, apenas incertezas.
Isso era tudo o que meus olhos conseguiam ver.
Obs: o único objeto deixado com a criança foi um medalhão, diziam os papéis.
Em uma dessas folhas, senti como se a página estivesse grudada. Delicadamente, comecei a soltá-la, com medo de que se rasgasse. Mais uma vez, a frase do medalhão estava lá.
“Pequena criança, a vida não foi fácil ao seu nascimento, mas precisei mantê-la segura e esse foi