A jovem questionava-se até quando resistiria antes de sucumbir à escuridão.
— Pare com isso — ela ouviu-se suplicar num sussurro quase inaudível. — Pare...
As sombras contorciam e retorciam-se dentro dela, dançando, sinuosas e insidiosas, como serpentes de pura escuridão, cada movimento despertando ondas de sensações que percorriam seu corpo, concentrando-se nas terminações nervosas do clitóris, onde o prazer e a dor se enleavam num frenesi indistinguível. Sobre o altar de pedra negra, a amazona arqueava-se, sua silhueta iluminada apenas pelo brilho fraco e pulsante dos símbolos arcanos que cobriam sua pele.
Tupã saltara pelas sombras, atingindo destinos que sua memória podia alcançar. Quando não podia contar com a memória, ele usava o próprio raio de visão a seu favor, agilmente rompendo distâncias, de novo e de novo, até chegar numa trilha que o levara até uma colina rochosa, que descia abruptamente em direção ao Vale Negro.
Tupã havia parado à beira do precipício, os olhos fixos no