Poder e riquezas e mulheres...
Donaldo saboreava a ressaca da madrugada, os músculos relaxados sob as cobertas macias de sua luxuosa tenda. O calor morno das concubinas que ainda dormiam ao seu lado trazia-lhe uma sensação de poder absoluto. Ele era o rei daquele território, o senhor das riquezas, o comandante da desgraça alheia.
E, por todos os demônios do inferno, ele merecia isso.
Ou, ao menos, pensava que merecia, até um rugido gutural de um de seus soldados romper o silêncio do acampamento.
— MEU CANTIL TÁ CHEIO DE URINA! QUEM FOI O DESGRAÇADO?!
Donaldo franziu a testa.
— Mas que diabos?
O segundo grito veio de um canto diferente do acampamento:
— PELO AMOR DOS ESPÍRITOS, TEM BOSTA NA MINHA BOTA!
Foi então que os alarmes começaram a soar.
A confusão explodiu no acampamento como pólvora acesa.
Donaldo levantou-se num salto, puxando a calça com raiva conforme saía da tenda como um trovão em carne e osso.
E o que viu?
Caos.
Puro, brilhante, espetacular caos.
Os cavalos estavam solto