SAMANTHA VASCONCELOS
Quando chego vou direto ao último andar, cumprimentando algumas pessoas no caminho. Quando passo pela porta da minha sala, me bate uma saudade do meu cantinho, que foi feito com tanto carinho pelo Ian.
Passo direto pela recepcionista, que já não ousa maus me olhar feio, e bato na porta.
— Entra! — Ele responde.
Respiro fundo e abro a porta, Ian está sentado em sua mesa de frente para o computador. A cena me traz muitas memórias, principalmente a de me sentar em seu colo, bem ali, nessa mesma cadeira, ou de tomarmos café em uma perfeita harmonia.
— Oi – digo, enquanto entro e fecho a porta.
Ele coloca os cotovelos sobre a mesa e abre um sorrisinho.
— Oi, como vai?
Droga, me sinto uma estranha perto dele agora. As lembranças são apenas isso, eu estou diferente, nem parece que somos as mesmas pessoas. Me sento na cadeira à sua frente.
— Estou bem e você?
— Bem.
Ficamos nos olhando por um momento, até que ele limpa a garganta e diz:
— Desculpa não ter te respondido aq