DOM FRASER
Nos separamos e em meio às lágrimas e sorrimos um para o outro.
— Eu estava com saudade, mãe — digo a ela.
— Eu também meu filho. Eu também — ela encosta o rosto no meu. — Há quanto tempo venho sonhando com esse momento.
E aproveito para apenas sentir o cheiro dela. Sentir a sua presença e deixar o mundo voltar ao seu devido lugar. É incrível como não percebemos a falta que algo nos faz até que realmente, sintamos sua falta.
E é exatamente o que estou vivenciando. Eu pensei que havia superado e poderia viver tranquilamente sem a minha mãe.
Mas as coisas não são bem assim.
Precisamos dos nossos laços familiares. Alguém para quem correr em meio às dificuldades.
Quando nos afastamos, ela limpa as lágrimas e volta a se sentar.
— E então? Vai me contar sobre a minha nora?
Não posso evitar o sorriso que abro. “Minha nora”.
— Vou sim.
Resolvi UMA parte importante em minha vida, mas ainda há algo a ser resolvido. Faço movimentos circulares em minhas têmporas.
— Eu surtei de ciúme