SAMANTHA VASCONSELOS
Meu corpo esquenta da cabeça aos pés.
Mas antes que eu possa responder:
— Na verdade, ela disse sim – ele pisca para ela. – Perguntei por educação, sabe como é, seguindo o protocolo.
Ela acha graça.
Por fim andamos sorrindo e conversando até o restaurante de sempre, já que os dois disseram que queriam ver, nas palavras da Luna: “qual a minha”.
Ninguém desmente a história do namoro.
— Qual a sua pira em não comer carne? – Luna pergunta enquanto nos servimos. – Sua família é vegana?
Ela não está sendo babaca como a maioria das pessoas são no geral, só está curiosa.
— Não, na verdade a minha família é a típica família brasileira, churrasco todo final de semana.
— Assim que é bom! – ela exclama, animada.
Ian contém o sorriso. Acho muito bonitinha a forma como ele evita me contrariar. Mas finjo olhar para Luna com raiva. E falho miseravelmente.
Quem eu quero enganar? É uma missão impossível se irritar com ela.
— Mas e aí, por que parou? – Ian pergunta.
N