De repente, um estrondo no andar de cima cortou a conversa. Os três correram e, ao entrar no quarto, viram a cena: Heitor agarrava a enfermeira pelo pescoço, gritando em delírio:
— Está tentando me envenenar?!
O quarto estava em caos, o soro arrancado, cabos espalhados. O médico e dois assistentes tentavam contê-lo, mas ele parecia ter forças desumanas.
— Heitor! — gritou Ribeiro. — Por favor, acalme-se! Estamos aqui. Ninguém vai lhe fazer mal.
Como se sua voz tivesse atravessado a confusão, Heitor soltou a enfermeira e, ofegante, recobrou parte da consciência.
Julietta, com passos lentos, aproximou-se.