📍 Dia 22– 20h07 | Lounge Privado da Casa do Reality – Câmeras desligadas, mas corações expostos
Beatriz estava descalça, taça de vinho na mão, jogada num sofá de veludo vermelho. O vestido colado como segunda pele. A música ambiente? Jazz sensual, quase indecente. Ela odiava jazz. Mas amava o efeito que aquilo causava no olhar de Caio.
Ele entrou devagar, camisa preta meio aberta, expressão de quem veio armado… com intenção. E desejo.
— “A produção avisou que a gente tem o lounge por uma hora.”
— “Uma hora dá pra muita coisa, Ferraz.”
— “Ou pra nada… dependendo do humor da Rainha do Sarcasmo.”
Beatriz mordeu o lábio, fingindo desprezo. Mas o olhar? Brilhava como vela perto demais da gasolina.
— “Fala logo o que veio fazer aqui.”
— “Você.”
— “Clichê barato.”
— “Então deixa eu te provar o contrário.”
Caio se aproximou, abaixou diante dela. Pegou a taça de sua mão, pousou sobre a mesa com uma lentidão que parecia striptease visual.
— “Você ainda tá com raiva?”