PÁ!
O bastão acertou minha cabeça com força.
A dor foi instantânea. E então... tudo se apagou.
Quando acordei, vi apenas um teto branco acima de mim.
Tentei me levantar, mas uma mão firme me conteve.
— Não se mexa! Sua ferida pode abrir! — Murilo disse, preocupado.
Olhei ao redor e percebi que estava no hospital.
Mas, de repente, a lembrança de Anselmo tomou conta de mim, e agarrei a manga da camisa de Murilo.
— Anselmo... Ele está bem?
Murilo suspirou, exasperado.
— Ele está ótimo! Perfeitamente bem! Como você ainda se preocupa com esse cara?!
Mas eu precisava vê-lo.
Insisti até que Murilo me levou até a porta de um quarto.
Foi só um olhar.
E senti como se uma mão invisível apertasse meu coração com força.
Pela fresta da porta, vi Anselmo sentado ao lado de uma cama.
Acariciava o rosto de Eliana com uma ternura que eu nunca tinha recebido.
E, com o maior dos cuidados, levava uma colher de mingau até a boca dela.
A expressão em seu rosto era de puro amor.
Mais uma vez, ele cravou uma f