capítulo 6
PÁ!

O bastão acertou minha cabeça com força.

A dor foi instantânea. E então... tudo se apagou.

Quando acordei, vi apenas um teto branco acima de mim.

Tentei me levantar, mas uma mão firme me conteve.

— Não se mexa! Sua ferida pode abrir! — Murilo disse, preocupado.

Olhei ao redor e percebi que estava no hospital.

Mas, de repente, a lembrança de Anselmo tomou conta de mim, e agarrei a manga da camisa de Murilo.

— Anselmo... Ele está bem?

Murilo suspirou, exasperado.

— Ele está ótimo! Perfeitamente bem! Como você ainda se preocupa com esse cara?!

Mas eu precisava vê-lo.

Insisti até que Murilo me levou até a porta de um quarto.

Foi só um olhar.

E senti como se uma mão invisível apertasse meu coração com força.

Pela fresta da porta, vi Anselmo sentado ao lado de uma cama.

Acariciava o rosto de Eliana com uma ternura que eu nunca tinha recebido.

E, com o maior dos cuidados, levava uma colher de mingau até a boca dela.

A expressão em seu rosto era de puro amor.

Mais uma vez, ele cravou uma f
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