Dei alguns passos, me distanciando deles:
- Eu... Preciso atender... Sozinha.
Theo e Ben ficaram me olhando, preocupados.
- Alô... – Falei, amedrontada.
- Quer saber onde você deve deixar o dinheiro ou sequer a quantia? – perguntou a voz já conhecida, a mesma da manhã.
- Não... – Falei, incerta.
- Para cada pessoa que contar, alguém que ama irá se machucar.
- Mas eu não contei para ninguém! – Garanti, me distanciando ainda mais de Theo e Ben.
- Neste caso, para cada grana que negar, alguém que ama irá se machucar – ouvi a risada do outro lado da linha – Rimou, não acha?
- O que... Você fez? Quem é você, porra?
- Eu não estou brincando, Maria Lua. Neste caso, o loirinho foi uma prova de que seu tio aqui não é um idiota.
- O que fez com Dimitry?
- Eu sou seu tio. Quero dinheiro. E não desejo mais que seja num lugar secreto. Quero que “você” mesma traga. E que conheça sua família.
- Vocês... Não são minha família. – Falei, entredentes, tentando não chorar.
- Eu não sou uma pessoa ruim.