- Pai, isso é... Inaceitável. – Theo balançou a cabeça, aturdido, afastando-se.
- É a minha decisão. Estou totalmente consciente e pensei muito sobre isso.
- Não pode fazer isso, pai. – Theo contestou.
- Já fiz.
- Que porra, Heitor! – Bárbara andou até o sofá e sentou-se, pondo a cabeça entre as pernas, chocada com a atitude dele.
Observei o quarto gigantesco e confortável. Os dias ali pareciam semanas e os minutos horas. Eu imaginava o quanto ele se sentia confuso mental e psicologicamente com tudo que estava acontecendo. A questão é que, caso eu fosse compatível, doaria o meu rim e pronto. Depois de fora do corpo, ou ele aceitava ou iria para outra pessoa que precisasse.
- Maria Lua, eu demiti Hades.
O olhei, surpresa:
- Por quê?
- Porque já está em Noriah Norte e a partir de agora é Anon que cuidará de você e Theo.
- Eu... Não preciso de segurança. – Contestei.
- Não é questão de escolha, raio de sol. – Theo falou de forma irônica.
- Você tem alguma coisa a ver com isso? – Question