Entreguei o uísque à Anya e não cobrei as respostas das perguntas, certa de que em algumas horas ela me daria, quando não mais tivesse consciência.
Mas para meu azar ela trancou a porta pelo lado de dentro logo depois de receber a garrafa cheia. Fui para o quarto e pus as meninas na cama, ou melhor, no colchão, no chão. Elas queriam ouvir uma historinha para dormir, como a que Theo contou. Então fui obrigada a contar, tentando amenizar um pouco o que havia sido aquele dia: difícil para elas.
Aliás, para elas todos os dias eram difíceis e uma etapa vencida, já que permaneciam vivas naquele lugar horrível.
Assim que as vi fecharem os olhos, os lábios ainda meio que entregues a um sorriso feliz, cobri-as e fui para minha cama. Olhei meu celular e me flagrei que Theo me escutava e sabia exatamente onde eu estava naquele momento. Sorri e sussurrei:
- Amo você, Theo.
Pus o aparelho debaixo do travesseiro e dormi.
Na manhã seguinte, quando acordei, as meninas não estavam na cama. Fiz minha h