Pedro Hernandez
Vejo que ela não veio sozinha. E não está dirigindo. O marido está no banco do motorista. Ele estaciona o carro próximo a Bruno e eu e os dois descem. Adrielle tem passos rápidos e firmes, sei que está assustada, sua expressão a entrega. Os passos de Adrielle são rápidos, quase desesperados. Ela mal me encara antes de soltar:
— O que você fez?!
Sua voz não é apenas acusação. É medo. Seus olhos buscam algo no meu rosto, talvez um traço de culpa, talvez uma explicação que eu não tenho.
— Nada. Eu não fiz nada. Estou tão confuso quanto você, Abby começou a chorar do nada. — Encolho os ombros, tentando me defender, mas meus argumentos não são dos melhores para me justificar.
— Se tiver feito algo com ela, não vou permitir que se aproxime. — Aponta o indicador em minha cara.
Posso ver claramente a aliança brilhando em seu dedo anelar. Eu a observo, em silêncio. Não vou retrucar ou iremos brigar e a prioridade aqui é a nossa filha. Ela não espera que eu responda, apenas se