Pedro Hernandez
Tomo banho e me visto as pressas. Alguém me disse que não tenho muito tempo, então é melhor aproveitá-lo. Estou vestindo um terno azul-escuro com uma camisa social branca por baixo. Já calcei os sapatos derby e estou caminhando em direção à cama, onde Adie ainda permanece deitada. Me sento devagar na cama e posiciono meus braços ao lado da sua cabeça, de forma que ela fique entre eles.
— O bebê não quer que você vá, então se continuar aqui, serei forçada a manter você preso nesta casa. — Sua voz é suave.
Seus olhos fechados se abrem e me encaram com cuidado. A densa floresta em seus olhos parece suave pela manhã. O verde que habita não é escuro, está mais claro que o normal. Abro um pequeno sorriso antes de envolver seu rosto com minha mão esquerda e acariciar sua bochecha com o polegar.
— Como você quer me prender? — Questiono, ao inclinar para que meu rosto fique próximo ao seu, suficiente para que eu possa sentir sua respiração leve.
Posso ver a pupila dilatar,