Pedro Hernandez
Deixo o telefone de volta na mesinha e suspiro pesadamente. Isso é estranho. Bruno nunca desaparece assim ou fica sem sinal. Pego meu telefone outra vez e disco o número da minha mãe. Imagino que saiba onde ele se meteu ou, talvez, esteja em casa mesmo, ocupado com alguma coisa. No terceiro toque, ela atende e posso ouvir sua risada e de minhas tias do outro lado da linha.
— Ele é realmente um cavalheiro, Sofia. — Ouço a voz de tia Margarita.
— Sim, é mesmo. — Minha mãe diz, antes de se concentrar em nossa ligação. — Querido. Desculpe, suas tias e eu estávamos conversando. Está tudo bem?
— Preciso que você me responda isso, mamãe. — Eu lhe respondo, enquanto massageio o rosto. — Estou tentando falar com Bruno, você sabe me dizer onde ele está?
Ela fica alguns instantes em silêncio.
— Eu não sei onde ele está, querido. Bruno saiu ontem a tarde e ainda não voltou. Ele me disse que estava retornando para casa mas ainda não chegou. — Minha mãe responde.
Sinto um incômo