Não estava no clima para sair, a Mel pelo visto também não.
— Ah, mas por quê, papai? — Minha filha me olhou inconformada.
— Coma, amanhã conversaremos. Vou pensar. — Prometi.
Ally me olhou e assentiu desanimada.
Noah estava quietinho demais.
Ela dava sopinha para a bebê.
Mamãe não quis ficar para o jantar.
— Não quer comer, filho? Está sentindo alguma coisa? — Perguntei preocupado.
— O meu aniversário está chegando, não tenho ninguém para convidar, o senhor me tirou da escola. — Aquilo me pegou de cheio.
— Você não tinha amigos mesmo. — Ally não sabia controlar a língua.
Noah faria 5 anos na próxima semana.
— Ninguém gostava de mim. Me chamavam de chorão. — Abaixou a cabecinha, triste.
— Filho, você pode convidar seus primos e seus coleguinhas daqui mesmo. — Falei.
Os primos que eu me referia eram os filhos dos meus amigos e os filhos dos meus primos.
Noah brincava com os filhos de alguns de nossos vizinhos.
— Tia, Mel, você faz um bolo grandão? — Perguntou animado.
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