— Eu como de tudo, Melanie. Senta aí e relaxa, deixa que eu nos sirvo. — Me prontifiquei.
— Você gosta mesmo das minhas comidas simples? Eu vivi à base de macarrão instantâneo sabor carne, frango empanado e carne para hambúrguer congelada... Eu pegava dinheiro da gaveta de calcinhas da minha mãe, era onde ela escondia as notas, eu me virei sozinha quase minha vida toda, aprendi a cozinhar com 7 anos. — Sua história era comovente.
— O que sua mãe fazia da vida? Por quê nunca foi uma mãe presente? — Comecei a colocar uma generosa porção de macarrão com atum em seu prato.
— Minha mãe conheceu meu pai numa boate, ela dançava para ganhar a vida, engravidou, foi expulsa de casa pelo meu avô, ela só tinha 21 anos, morou com uma prima, me teve e depois me largou no mundo, com 5 anos tive que lidar com tantas coisas... Desculpa, eu não deveria despejar essas coisas em você. Vamos comer, estou faminta. — Mudou de assunto.
— Tudo bem, Mel. Estou aqui disposto a te ouvir quando precisar desaba