Anne
— Aqui está, senhor Vladmir. — Um funcionário do hotel diz largando as malas em um canto de parede. Entretanto, estou ocupada observando o confortável, porém, luxuoso apartamento, que tem boa parte das suas paredes de vidros, onde podemos observar toda a cidade.
Respiro fundo e mesmo sem dizer-lhe nada, decido ir conhecer um pouco mais da casa que ficarei por trinta dias.
Trinta dias. Às vezes me pergunto onde está o meu juízo.
— Onde fica o outro quarto? — inquiro após andar por cada pedaço desse lugar.
— Não temos outro quarto. — Vladmir responde com naturalidade.
— Como assim, não tem outro quarto?
— Não tem, Anne — bufo audivelmente.
— Vladmir, eu deixei bem claro...
— Que não dividiremos o mesmo quarto e nem uma cama. Eu me lembro de cada exigência sua, minha esposa. — Cruzo os braços na defensiva quando ele me olha nos olhos.
— E então, como vai ser isso? — Ele dá de ombros.
— Vamos dividir esse quarto.
— Vlad...
— Mas você pode ficar com a cama se quiser.
— Oh! E, onde voc