251. O JOVEM LORD

O Jovem Lord, após o retorno sombrio do cemitério, fechou-se no silêncio de seus aposentos. Apesar do traje impecável e do porte aristocrático, seu rosto era um espelho de gelo, refletindo uma alma que nunca havia conhecido o calor do afeto genuíno. Sozinho, ele permitiu que a máscara da indiferença caísse por um instante, revelando um vislumbre da turbulência que havia por baixo.

 Nesse espaço privado, as paredes testemunhavam o único lugar em que ele permitia que as rachaduras em sua fachada se tornassem evidentes. Aqui, não havia necessidade de se manter firme diante do olhar inquisitivo de Lady Sabina ou do desprezo velado de Lord Henry. Na quietude de seu quarto, o jovem Lord se permitiu contemplar seu reflexo no espelho, buscando em seus próprios olhos a resposta para uma pergunta que nunca havia feito em voz alta: o que seria dele se as circunstâncias
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