— Finalmente você acordou, minha filha — a voz embargada e ansiosa da minha mãe, entra pelos meus ouvidos, agora claramente.
Pisco os olhos até me acostumar com a claridade e conseguir abri-los completamente. Minha mãe me abraça e seus soluços baixos deixam-me triste, eu não gosto de vê-la sofrendo.
— Eu estou bem, mãe, não me machuquei — murmuro baixo.
— Eu sei. Eu sei. Mas é que eu fiquei tão preocupada. Todos nós ficamos — olha, avaliando-me minuciosamente. — Jules, eu não sei o que eu faria, se eles tivessem machucado você.
— Mas não machucaram, mãe, eu estou bem, está vendo? Eu estou bem — segurei sua mão, acalmando-a. — O Samuel, ele me salvou. Como ele está? Quando chegamos, eles… ele estava…
— Calma! — interrompeu-me — ele já está estabilizado. Passou por uma cirurgia e agora está na UTI, mas não corre mais risco de vida. Ele vai ficar bem, Jules — sorri, confortando-me.
— A senhora está falando sério? Ele está mesmo bem, vai ficar bem de verdade? — pergunto com a voz emb